De 3 a 12 de fevereiro o Centro de Cultura Memorial do Vale realiza em Itabirito, na galeria da Praça da Estação (Salão dos Ferroviários), a exposição “Memórias da Cultura Jequitinhonha”, com fotografias do documentarista Lori Figueiró. Realizada com recursos do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram (Prêmio Pontos de Memória) e com curadoria do Historiador e multiartista Jorge Dikamba, a mostra tem a ambiciosa pretensão de reavivar nossas memórias e recompor o tempo - por muitos esquecido - de nossa mineiridade, descortinando a nossos corações um universo onde as relações são ainda pautadas pela simplicidade, pela religiosidade, pela alegria e por outros sentimentos e condicionantes que tornam o Jequitinhonha um baluarte de nossa mineiridade, traçando um percurso pelo espaço-tempo entremeado de manifestações gestuais, posturais, formais e cromáticas que refletem os saberes, usos, costumes e crenças que compõem um mosaico atemporal das relações societárias da gente mineira. A exposição passará também pelas cidades de Araçuaí, Minas Novas, Diamantina, Coronel Murta, Sabará, Serro e Montes Claros, retornando depois para Ouro Preto e Belo Horizonte.
SOBRE
A EXPOSIÇÃO
O
Vale do Jequitinhonha é uma região geográfica que apresenta
peculiaridades que a destacam no cenário sociocultural brasileiro. À
parte as mazelas históricas que que o colocam de par com as regiões
mais sofridas do país, esse microcosmos de vivências e
manifestações encerra uma riqueza simbólica cuja importância
ainda não foi plenamente assimilada pela sociedade brasileira, mas
cuja valorização tem sido ampliada dia a dia pelo trabalho
incansável de nossa gente. No Vale, atividades tradicionais
relacionadas à agropecuária, ao artesanato e às manufaturas em
geral têm sido fundamentais para o sustento físico e emocional de
grande parte de seus habitantes. Nesse contexto, a sobrevivência de
atividades seculares voltadas à subsistência, além de
manifestações culturais endêmicas, tem preservado um modus
vivendi
que se configura como um bem imaterial de elevado valor cultural,
cuja preservação torna-se cada vez mais importante à medida em que
o passar do tempo reduz os contingentes de mestres e conhecedores,
responsáveis pela transmissão de conhecimentos específicos em cada
comunidade e que compõem o mosaico da Cultura Jequitinhonha
contemporânea.
Esta
exposição, mais que exibir instantâneos do cotidiano valês, tem a
ambiciosa pretensão de reavivar nossas memórias e recompor o tempo
- por muitos esquecido - de nossa mineiridade, descortinando a nossos
corações um universo onde as relações são ainda pautadas pela
simplicidade, pela religiosidade, pela alegria e por outros
sentimentos e condicionantes que tornam o Jequitinhonha um como que
"estado de espírito" para os que nele vivem ou dele
provêm. Como bem disse o poeta Gonzaga Medeiros, o povo do Vale vale
mais pelo que é do que pelo que tem. Nesta perspectiva, estas
imagens trazem um recorte dessa essência, captada pela lente atenta
e inquieta de Lori Figueiró, palmilhando um percurso pelo
espaço-tempo entremeado de manifestações gestuais, posturais,
formais e cromáticas que refletem os saberes, usos, costumes e
crenças que compõem um mosaico atemporal das relações societárias
da gente do Vale.
Jorge
Dikamba
Curador
SERVIÇO
Memórias
da Cultura Jequitinhonha – fotografias
De
3 a 12 de fevereiro – terça a domingo de 8h às 18h
Salão
dos Ferroviários – Complexo Turístico da Praça da Estação
Itabirito
MG
Entrada
Franca