Cantorias, Folguedos e Quintais

Uma viagem poética pelo imaginário popular. Sertões e histórias, amor e alegria, tristeza e saudade...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Memórias da Cultura Jequitinhonha

MEMÓRIAS DA CULTURA JEQUITINHONHA

 De 3 a 12 de fevereiro o Centro de Cultura Memorial do Vale realiza em Itabirito, na galeria da Praça da Estação (Salão dos Ferroviários), a exposição “Memórias da Cultura Jequitinhonha”, com fotografias do documentarista Lori Figueiró. Realizada com recursos do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram (Prêmio Pontos de Memória) e com curadoria do Historiador e multiartista Jorge Dikamba, a mostra tem a ambiciosa pretensão de reavivar nossas memórias e recompor o tempo - por muitos esquecido - de nossa mineiridade, descortinando a nossos corações um universo onde as relações são ainda pautadas pela simplicidade, pela religiosidade, pela alegria e por outros sentimentos e condicionantes que tornam o Jequitinhonha um baluarte de nossa mineiridade, traçando um percurso pelo espaço-tempo entremeado de manifestações gestuais, posturais, formais e cromáticas que refletem os saberes, usos, costumes e crenças que compõem um mosaico atemporal das relações societárias da gente mineira. A exposição passará também pelas cidades de Araçuaí, Minas Novas, Diamantina, Coronel Murta, Sabará, Serro e Montes Claros, retornando depois para Ouro Preto e Belo Horizonte.




 SOBRE A EXPOSIÇÃO

O Vale do Jequitinhonha é uma região geográfica que apresenta peculiaridades que a destacam no cenário sociocultural brasileiro. À parte as mazelas históricas que que o colocam de par com as regiões mais sofridas do país, esse microcosmos de vivências e manifestações encerra uma riqueza simbólica cuja importância ainda não foi plenamente assimilada pela sociedade brasileira, mas cuja valorização tem sido ampliada dia a dia pelo trabalho incansável de nossa gente. No Vale, atividades tradicionais relacionadas à agropecuária, ao artesanato e às manufaturas em geral têm sido fundamentais para o sustento físico e emocional de grande parte de seus habitantes. Nesse contexto, a sobrevivência de atividades seculares voltadas à subsistência, além de manifestações culturais endêmicas, tem preservado um modus vivendi que se configura como um bem imaterial de elevado valor cultural, cuja preservação torna-se cada vez mais importante à medida em que o passar do tempo reduz os contingentes de mestres e conhecedores, responsáveis pela transmissão de conhecimentos específicos em cada comunidade e que compõem o mosaico da Cultura Jequitinhonha contemporânea.

Esta exposição, mais que exibir instantâneos do cotidiano valês, tem a ambiciosa pretensão de reavivar nossas memórias e recompor o tempo - por muitos esquecido - de nossa mineiridade, descortinando a nossos corações um universo onde as relações são ainda pautadas pela simplicidade, pela religiosidade, pela alegria e por outros sentimentos e condicionantes que tornam o Jequitinhonha um como que "estado de espírito" para os que nele vivem ou dele provêm. Como bem disse o poeta Gonzaga Medeiros, o povo do Vale vale mais pelo que é do que pelo que tem. Nesta perspectiva, estas imagens trazem um recorte dessa essência, captada pela lente atenta e inquieta de Lori Figueiró, palmilhando um percurso pelo espaço-tempo entremeado de manifestações gestuais, posturais, formais e cromáticas que refletem os saberes, usos, costumes e crenças que compõem um mosaico atemporal das relações societárias da gente do Vale.

Jorge Dikamba
Curador

SERVIÇO
Memórias da Cultura Jequitinhonha – fotografias
De 3 a 12 de fevereiro – terça a domingo de 8h às 18h
Salão dos Ferroviários – Complexo Turístico da Praça da Estação
Itabirito MG
Entrada Franca